segunda-feira, 31 de maio de 2010

A diferença entre fazer uma boa série e não fazer

Hail, faz tempo que não postei no blog. Não foi por preguiça, eu não conseguia achar um assunto cool pra comentar, e esse pensamento veio depois de ver a Season Finale (magistral, por sinal) de Supernatural.
Eu baixei os episódios, não aguentava esperar uma semana pra ver cada um, e mesmo assim demorei muito pra terminar, mas posso dizer que valeu cada segundo com a bunda pregada na cadeira no computador assistindo ao Dean e ao Sam.

Quem tem Warner, sabe que Supernatural passa logo após Vampire Diaries, a diferença principal é que Supernatural é uma série com uma concepção original, se não completa, em sua maior parte, enquanto Vampire Diaries é mais um passageiro do bonde das vampiretes pilotado por Edward "tenho alergia a vaginas" Cullen; Vampire Diaries não passa portanto de um pseudo-produto, um caronista num carro que no momento está(va) ganhando a corrida comercial, assim como são todos os outros produtos de vampiros que surgiram recentemente. - Não estou dizendo que eles são ruins (embora sejam em sua maioria, releituras e paródias do original bem-sucedido), alguns podem até (e não duvido) ter mais qualidade do que o messias da febre vampírica, que, juntamente com os coloridos e justin bieber tem assolado a nação. (Oh My God #Janicefeelings, imagine uma fusão dessas febres: Um vampiro infanto-juvenil vestido como uma fusão de todos os ursinhos carinhosos, que fala igual um gângster, tem alergia a vaginas, brilha no sol e bate a cabeça em portas de vidro! É o fim, irmãos! É o fim!)

Bom, mas voltando, depois dessa imagem que vai ficar na minha mente por todos os séculos: Supernatural não é um caronista, não é ninguém que pegou rabeira no sucesso de outrem, Supernatural foi uma aposta (obviamente os produtores perceberam que havia um potencial lucrativo, ou Supernatural seria só uma boa idéia), alguem teve uma idéia que merecia ser explorada e essa idéia resultou nessa excelente série. Aliás as boas séries são séries que exploram alguma idéia que não foi explorada, ou não foi explorada daquela maneira e é isso que faz delas grandes séries. Basta procurar séries com elementos como os de Rescue Me, Sons of Anarchy ou House. Essas são as séries que valem a pena ver, justamente porque elas buscam sair do lugar comum, elas não seguem uma tendência que dá certo, elas alçam vôos maiores por conta própria.

Não vou negar que gosto de séries que seguem modelos pré-fabricados, também não vou negar que eu sei que VD e outras séries "twilight-like" não tem a mim como público-alvo. Mas mesmo nas séries que eu gosto e seguem modelos pré-fabricados, eu preferiria que não seguissem. Bastava apenas originalidade, se todas as séries fossem mais originais, ver televisão seria uma experiência muito melhor!

E pra falar a verdade, esse post todo foi feito porque eu gostei da frase sobre o "bonde das vampiretes..." Mas eu acho que até é uma discussão interessante.

Infelizmente, como no caso da música, ganha o que dá mais dinheiro, não o que é mais bem pensado/original/tem mais conteúdo.

I love it loud \,,/

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Por um rock mais delinquente.

Howdy, faz pouco tempo não? Nem vem muitas pessoas aqui ler, mas eu gosto de escrever aqui do mesmo jeito, e vou tentar manter os posts mais frequentes, e também vou parar de falar de assuntos pessados porque dá trabalho porque não vou mudar nada anyway.

Vamos voltar a falar de música, mas antes vamos deixar uma coisa bem clara aqui:
Eu não sou um cara exatamente eclético, apesar de gostar de blues, folk, jazz, música folclórica irlandesa e dos países norte europeus, j-rock, punk, rockabilly, metal, ska, grunge e indie. Se forem perceber, a maior parte do que eu disse é rock.

Bom, let's go: Eu AMO rock, o rock é mais ou menos 80% da minha vida, as letras, as melodias, os instrumentos, significam muito pra mim, eu realmente me preocupo em conhecer a história, em entender os conceitos por trás das composições, a biografia das bandas... E de uns tempos pra cá, tem havido uma tendência do rock, algo que não pode acontecer: O rock tem sido domesticado!
As novas bandinhas não têm intuito, não têm revolta; e não digo só essas coisas ridículas que se chamam de rock, como restart e fresno, até mesmo boas bandas de indie não tem revolta.
O rock sempre foi marcado por ser um estilo transgressor, Elvis chegou a ser filmado apenas da cintura pra cima por causa da sua dança característica, o The Doors foi proibido de tocar no Ed Sullivan Show depois de uma apresentação lá, as bandas de metal sofreram constantes manifestações de repúdio da sociedade moralista. E cada movimento "anti-rock" apenas fazia o rock voltar com mais força; o Black Sabbath foi duramente criticado, e acabaram por surgir Judas Priest, Iron Maiden, Diamond Head e tantos outros, interessados em transgredir, em se rebelar, em nadar contra a maré...
Mas isso foi diminuindo, ao ponto de hoje em dia as bandas serem aceitas pela mídia que um dia as criticou, o rock não é isso, o rock é o grito de liberdade da juventude, o último marginal indomado.
Eu sei dos interesses econômicos que envolvem toda essa transformação, mas eu não gosto dela, faltam bandas que tenham raiva, que tenham rebeldia, que tenham algo a dizer pra essa sociedade que nos domestica de maneira tão implacável.

E esse é outro problema das bandas atuais, falta uma mensagem a passar, não sou ingênuo de achar que os milhares de grandes músicos estavam na música só pra serem os estandartes das insatisfações da juventude, eles também queriam ganhar dinheiro, mas a diferença era a idéia que se tinha disso, antigamente era: "Vamos tocar isso, porque nós gostamos, e se nos pagarem ótimo!", hoje em dia é: "Vamos tocar isso porque nos pagam e se nós gostarmos ótimo!". Essa mentalidade a meu ver é extremamente errada, eu sou um romântico incorrigível nesse ponto, em relação ao futebol e à música, eu tenho a forte crença de que o talento e a qualidade devem vir antes do dinheiro. Que o diga Steve Harris(baixista e fundador do Iron Maiden), que nos primórdios da carreira ouviu de um produtor: "Vocês são muito bons! Se cortarem os cabelos e fizerem um som mais punk, terão um contrato.", ao que o produtor ouviu um sonoro: "Foda-se! Nós tocamos metal."

Não há mais essa atitude hoje em dia, apesar de motivos não faltarem, as bandas não ligam pra transgressão, em sua maioria, e as que ligam acabam fatalmente sem ter o espaço merecido justamente por isso.

When it comes to música, eu acho que se deve fazer o que se acredita, o que se gosta, e investir nisso, e não na chance de ganhar porrilhões de dinheiro.

A pior parte disso, é que os medalhões, aqueles que se mantiveram fiel a essa rebeldia, têm sucumbido ao julgo do tempo, e não irão continuar conosco por muito tempo; dentro em breve faltarão músicas que nos façam pensar e bandas que tenham conteúdo a oferecer...

Deixo aqui esse manifesto, esse desabafo, por um rock mais delinquente.
I love it loud. o/

quarta-feira, 5 de maio de 2010

His name was Valentine, had a job that was just fine...

Howdy meu povo! Novo post de opinião, quem sabe vocês me vejam mais aqui de agora em diante...(ou quem sabe não. HÁ!) Brincadeiras à parte, hey ho let's go!(Tá, agora é sério mesmo.)

Segunda-Feira 03/05/2010, fui fazer minha primeira matéria jornalística, uma entrevista com nada mais, nada menos do que Celso Unzelte! (se você não sabe quem é, descubra aqui - apesar de que aí tem pouca coisa.)

Bom voltando, eu e meu amigo Mateus fomos até São Paulo de ônibus, pegamos o metrô e fomos até a redação da MELHOR EMISSORA DE ESPORTES DO BRASIL, vulgo ESPN.
Já era um feito estarmos ali, nenhum de nós esperava conseguir isso no primeiro bimestre da faculdade; durante o almoço, quem passa na frente do restaurante? Ninguém menos que PAULO VINÍCIUS COELHO!!! (quem não conhece o PVC se mata. descobre aqui - mesma coisa do Celso Unzelte) Não bastasse ele ser super simpático e tudo, ainda de quebra ele aceitou nos dar uma entrevista no segundo semestre, o que significa que We're on fire, bitch! O Pvc, depois de conversar com a gente disse que depois da nossa entrevista, nós poderíamos assistir a gravação do programa que ele ia fazer, pra quê, eu e o Mateus ficamos parecendo criança em dia de aniversário...
Logo em seguida passou o Gerd Wenzel, alemão naturalizado brasileiro que comenta o futebol alemão (dã .-.), outro que foi super simpático, tiramos foto, conversamos e tudo.
Depois do almoço fomos pra ESPN, na frente da redação Pvc e outros jornalistas trocavam figurinhas da copa (preciso comprar o albúm, preciso comprar o albúm, preciso comprar o albúm...), nós entramos e ficamos esperando o Celso terminar de gravar pra poder nos receber, enquanto isso, vimos outros caras muito bons passando, o Pvc passou por nós indo gravar o programa e reiterou o convite, logo em seguida o Celso chegou e depois de uma conversa amistosa, fomos fazer a entrevista.
Primeira experiência como jornalista e uma certeza, eu nasci pra isso! Não porque eu fui bem demais, mas porque cada pergunta me deixava mais animado, cada resposta era uma alegria a mais, eu lembrava de como foi pra chegar ali, cada parte daquele todo me animava, ser jornalista é com certeza o que eu quero fazer pro resto da vida!(e ser músico, e ser escritor...)
Depois de quase uma hora, a entrevista feita, mais um pouco de conversa e ele aceitou nos levar pra assistir a gravação do programa do Pvc, o Bate-Bola, e lá fomos nós, assistir a quase uma hora de programa logo atrás dos câmeras e de quebra conhecer João Carlos Albuquerque, outro cobra do jornalismo esportivo brasileiro. Tietagens à parte de novo, tiramos fotos do estúdio e resolvemos conhecer um pouco a redação, andamos por lá durante algum tempo, tempo aliás, suficiente para encontrarmos Paulo Soares, mais um fera; mais tietagem e finalmente resolvemos voltar pra casa, com a felicidade de uma missão cumprida, a alegria de uma criança e a certeza de que haviámos encontrado nossa vocação.




Paulo Vinícius Coelho, maior jornaliste esportivo do Brasil atualmente.






Gerd Wenzel, vai Alemanha /o/





Celso Unzelte, o alvo.





João Carlos Albuquerque, a fera.




Paulo "Amigão" Soares, narrador, jornalista e SÃO PAULINO!

Bom meu povo, é issae, foi um grande dia e valeu cada minuto.
I Love it Loud. o/

sábado, 1 de maio de 2010

Sobre cores e coloridos.

Howdy meu povo, finalmente um novo post de opinião, a verdade é que eu tinha um monte de contos que eu parei no meio e me deu preguiça de continuar. (Queria ler mais? Reza pra algum dia sair um livro meu.)

Vamos falar de um assunto bem legal: O recente acréscimo cromático que a música popular vem sofrendo, vulgo, os coloridos do rock.
Eu nasci em 92, então não cheguei a ver muitas das melhores bandas do mundo em seu apogeu, mas por sorte eu me tornei uma pessoa de bom gosto o suficiente pra aprender a apreciá-las.
Recentemente tem havido o surgimento da coisa mais escrota dos últimos tempos: O "Rock" Colorido. (Usei as aspas porque nem fodendo aquela porra é rock.)
Para quem não sabe o que é, imagina a tosquice do fresno ou do nx zero se fundindo com os power rangers, ursinhos carinhosos ou teletubbies; Pronto! Você tem uma banda de coloridos, que não são mais do que emos policromáticos e mais dançantes.
Eu não cheguei a crescer com os grandes medalhões do rock que eu idolatro (Fuck, O Kurt Cobain morreu quando eu tinha dois anos), mas eu aprendi por experiência própria a apreciar a música bem feita, não digo estruturalmente, já que o punk por exemplo nunca foi um estilo virtuoso, mas bem feita no sentido de conteúdo. Os músicos antigamente tinham uma mensagem a passar, algo de importante a dizer, coisa que parece que sumiu, não excluo que os músicos mais antigos queriam ganhar dinheiro, mas acima disso, havia um comprometimento com a qualidade do trabalho, coisa que foi erradicada, hoje em dia basta fazer sucesso, foda-se se uma geração inteira vai ser tão estúpida quanto um ovo cozido, nós queremos é o dinheiro.

E o pior é a molecada realmente achar que a música é boa, defender o gosto e tudo, dizer que quem critica está "com inveja do sucesso do Cine/Restart/Qualquer-banda-ridícula-que-é-resultado-de-falta-de-surra-quando-era-pequeno.". Primeiramente pivetaiada pão-com-ovo que gosta dessas bandas purpurina&gliter, sucesso não é igual a talento, vide parangolê, calypso e todo o resto das porras que abundam pelo mercado fonográfico brasileiro e/ou mundial; segundamente, não é inveja, é tipo quando você vê um jogador muito ruim jogando no seu time do coração, o rock é o nosso time e vocês, emos/coloridos/qualquer-coisa-que-não-sabe-ser-gay-com-dignidade, são o pior jogador que a humanidade já viu, até surgir uma modinha pior que vocês.



Pelo menos eu cresci vendo bandas como The Killers. The Strokes, Artic Monkeys, fazerem sucesso, elas não são do nível de Stones, Motörhead, The Clash ou The Who, mas com certeza representam o objetivo do rock.

O que nos traz outro ponto importante: O Objetivo do Rock.
Qual o objetivo do rock? Bom vamos ver:
"O Rock and Roll é a marcha marcial de todos os delinqüentes juvenis sobre a face da Terra." Frank Sinatra
O Rock é sobre revolta, sobre romper com a sociedade e os valores vigentes, sobre rebelião e insatisfação. Qual é a revolta dessas bandinhas coloridas? Sobre haverem roupas que os homens não podem usar (tipo calcinhas)? Revolta contra "este mundo monocromático, frio e cruel" (de cu é rola)? Sinto muito coloritubbies, nunca serão.

A própria história mostra quem vai ficar e quem vai ser esquecido, Stones lota estádios onde vai, Iron Maiden foi considerada a melhor banda ao vivo DA HISTÓRIA, qual foi a contribuição dos emos? A aceitação da sociedade ao bissexualismo entre grupos de pré-adolescentes? E a dos coloridos? A descoberta de novas combinações de cores pras pessoas usarem as roupas? É, o rock não morreu, mas tem alguns infelizes que não desistiram.

Deixo vocês com uma reflexão:

Bom uso das cores.



Mal uso das cores.


I love it loud. o/